Revisão da norma de desempenho

29 de setembro de 2021

Você sabia que a norma de desempenho na parte térmica passou por uma revisão e já foi publicada?

Após um período de desenvolvimento, consolidação do novo método e discussões, o texto proposto para a revisão da parte de desempenho térmico da ABNT NBR 15.575 foi para a etapa de consulta nacional, durante o período de 17 de novembro a 16 de dezembro de 2020, onde foi aprovado e publicado no dia 30 de março de 2021.Portanto, projetos protocolados a partir de 180 dias após a publicação (26 de setembro de 2021) deverão atender às novas exigências da ABNT NBR 15.575 para desempenho térmico e as atualizações nos métodos de avaliação. Na sequência, fizemos um resumo do que mudou.

A avaliação continua sendo permitida por dois métodos: simplificado (Parte 4 – Requisitos para os sistemas de vedações internas e externas – SVVIE e Parte 5 – Requisitos para os sistemas de coberturas) ou método por simulação computacional (Parte 1 – Requisitos Gerais). Mas o que mudou em cada um deles?

O método simplificado se mantém por meio da comparação de valores de referência de transmitância térmica e capacidade térmica, a novidade é a implementação do critério de elementos transparentes, que limita a área de superfícies de elementos transparentes em função da área de pisos dos ambientes também levando em consideração a existência de sombreamento, fator solar do vidro e a etiqueta da esquadria. Este era um ponto da versão da norma de 2013 que possuía limitações, já que não estabelecia limite para área de vidros nos ambientes de permanência, permitindo ambientes totalmente envidraçados.

O método de simulação computacional, que é o mais recomendado para análise de maneira mais precisa do desempenho térmico de uma edificação, foi o que passou por mais atualizações. E é somente por ele que podem ser feitas avaliações para obtenção do atendimento ao nível intermediário e superior.

As simulações que antes eram realizadas para um dia típico de verão e de inverno agora são realizadas para todas as horas do ano e devem ser configuradas cargas térmicas internas de pessoas, iluminação e equipamentos que antes eram desconsideradas. A modelagem da ventilação natural passou a ser mais detalhada e não somente por uma taxa de renovação de ar fixa, agora são considerados sistemas de abertura e trocas de ar obtidas através da direção do vento fornecidas pelo arquivo climático.

Para a obtenção do nível intermediário e superior a edificação deve ser avaliada em duas condições de uso: com ventilação natural e sem ventilação natural e passou a ser considerado o cálculo de carga térmica, como forma de avaliar o desempenho da edificação com o uso de ar-condicionado.

E por fim, uma grande mudança no critério para atendimento que antes levava em consideração apenas a temperatura máxima e mínima no interior dos ambientes nos dias típicos de verão e inverno. Agora toda a análise é feita por meio da comparação de um modelo real e de referência, levando em consideração os seguintes indicadores:  percentual de horas de ocupação dentro de uma faixa de temperatura operativa (PHFT); temperatura operativa anual máxima e mínima da UH (Tomáx e Tomín); e carga térmica total (CgTT).

O fluxograma abaixo apresenta as principais características dos procedimentos de avaliação de desempenho térmico para obtenção dos níveis de atendimento mínimo, intermediário e superior.

Para ampliar basta clicar na imagem.

 

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